As integrantes do grupo Femen, da Ucrânia, tem como marca em seus protestos se manifestarem com muito barulho, cartazes e seios de fora, e basicamente, entre tantas questões, o corpo da mulher está sempre em pauta.
E aqui no Brasil, como podemos imaginar uma manifestação neste nível a respeito da prostituição?
À caminho da faculdade, me deparei com esta cena num dia desses. E o papai e a mamãe ainda pensam que o filhinho tá estudando…
Tempos de Copa… bate forte aquele orgulho de SER BRASILEIRO. E juntos todos gritam: “VAI BRASIL!”, mas murmuram: “QUE MERDA DE PAÍS!”
Muitos podem criticar horrores mas acho que Alice firma a sua presença no mundo dos contos e a compreensão sobre a sua própria existência neste filme.
Pra mudar de assunto, nada melhor que a poesia de Noel Rosa e a elegância de Mario Reis. Quando descobri o samba, na minha adolescência, descobri João Gilberto. E me encantei. Logo depois surgiu Mario Reis, aí foi amor a primeira vista. Aquilo era moderno, elegante, cool… ainda mais por ser música cantada nos anos 30, época em que a maioria dos cantores brasileiros ainda estava preso ao Bel Canto.
Bom, o mundo ainda é bem preso ao Bel Canto. Esse povo que gosta do BBB acha que cantar gritando é sinal de que a pessoa sabe cantar, e que isso é bom. Grite e você ganha nota alta no karakê e aumenta instântaneamente sua audiência. Então isso tudo reforça ainda mais a modernidade de Mario Reis. Pois bem, semana passada comprei o CD com músicas de Noel lançado pela Folha. E lá tem uma gravação impecável de Mario Reis para Mulato Bamba (no video acima, em uma versão de uma cantora que não conheço ainda). Mulato Bamba foi escrito em 1931 por Noel Rosa, e apresenta um malandro carioca, gay, valente e admirado (dizem que inspirado em Madame Satã - veja a letra aqui). Isso em 1931. O que o cara do BBB teria para falar sobre isso? Uma música gay, composta por um compositor hetero, cantado de forma sensual por “uma homem de sociedade” como Mario Reis. É irônico. E eu devo ser muito esquisito mesmo por precisar desse tipo de entretenimento. E mais esquisito ainda por achar um cara dos anos 30, que eu só vi em videos antigos e ouvi em gravações ruidosas, sensual. Mas sei que tá cheio de gente “freak” como eu, então separei um video de Mario Reis para gente como nós:Nunca pensei que escreveria um post sobre Beyoncé. Não sei nada sobre ela, e escutei somente o básico…
Mas na verdade esse post não é sobre ela, é sobre Josephine Baker. O estagiário aqui da agência não a conhecia (normal, ele tem 20 anos), mas pensei que muita gente pode achar que esse jeito Beyoncé de dançar (meio galinha d’angola) seja algo novo. Não é.
Foi novidade nos anos 20, quando josephine Baker deixou os Estados Unidos para dançar e cantar, praticamente nua, para a plateia parisiense. O amor dos franceses por ela era enorme e em 1937 ela se tornou cidadã francesa.
Hemingway dizia que ela era a “mulher mais sensacional já vista”. Ela adotou 12 crianças de diferentes nacionalidades, e Vinicius de Moraes dizia brincando que ela queria adotar Toquinho, pois faltava um brasileirinho.
Das fofocas, dizem que ela, enquanto casada, teve um caso com Collete e com Frida Karlo, entre outras(os).
Resumindo, ela me parecia bem mais interessante que Beyoncé. Mas acho que poucos irão concordar comigo.
Ah, e pra fechar, um video da Madelaine Peyroux cantando o maior sucesso de Josephine Baker: J`ai deux amours.